O que você entende por tratamento de efluentes? Sabe o que isso significa? Fique conosco e vamos te contar tudo o que precisa saber sobre o assunto!

No artigo de hoje, abordaremos os seguintes assuntos:

  • Importância do tratamento de efluentes
  • Tratamentos químicos
  • Tratamentos físicos
  • Tratamentos biológicos
    • Aeróbio
    • Anaeróbio
  • Tratamento físico-químico

Mas afinal, o que são efluentes?

Efluente popularmente conhecido como esgoto, são rejeitos líquidos resultantes de atividades humanas e industriais. 

O tratamento dos resíduos é feito de acordo com a sua composição física, química e biológica. Dessa forma, apenas especialistas podem avaliar qual a melhor opção de “limpeza” desses rejeitos. 

Importância do tratamento de efluentes

Sabemos que a falta de tratamento de esgoto pode acarretar diversos problemas para a saúde. A exposição constante à água contaminada e maus odores podem trazer problemas como a febre tifóide, cólera, diarréia e mais cinquenta tipos de doenças infecciosas provenientes de esgoto a céu aberto. 

Recentemente a Fiocruz encontrou indícios de coronavírus em esgotos, surgindo suspeitas de que seja por essa razão o aumento de casos no Estado do Rio de Janeiro como já falamos por aqui.

Além de doenças, o tratamento de esgoto é crucial também para a preservação do meio ambiente. Os poluentes contidos na água podem diminuir o oxigênio nos rios matando plantas e animais, causar escurecimento, perda de nutrientes e gerar odores desagradáveis.

O acesso a esse serviço é essencial para garantir a saúde pública, qualidade de vida, investimentos e ajuda a diminuir o atraso e evasão escolar.

Tratamentos químicos

Utilizam em seus processos produtos químicos, como coagulantes, neutralizadores de pH, agentes de floculação, entre outros produtos. Tais métodos são utilizados para remover poluentes por meio de reações químicas e conduzir a mistura para as demais etapas. 

Segundo a Tera Ambiental, os principais processos são:

  • Clarificação química (remove matéria orgânica coloidal);
  • Eletrocoagulação (remove matéria orgânica);
  • Precipitação de fosfatos e outros sais (remoção de nutrientes), 
  • Cloração para desinfecção;
  • Oxidação por ozônio, para a desinfecção;
  • Redução do cromo hexavalente;
  • Oxidação de cianetos;
  • Precipitação de metais tóxicos;
  • Troca iônica.

Interessante, não é mesmo?

tratamento químico

Tratamentos físicos

São os processos que removem os sólidos por meio de separações físicas, tais como gradeamento, peneiramento, caixas separadoras de óleos e gorduras, sedimentação e flotação. 

Remove a matéria orgânica e inorgânica e reduzem ou eliminam microrganismos com o processo de filtração, seja por areia ou membranas. Esse tipo de processo é utilizado com o objetivo de desinfecção.

Tratamentos biológicos

Os processos biológicos envolvem a utilização de agentes biológicos   algas, bactérias e protozoários que ajudam no tratamento dos efluentes. São opções econômicas e eficientes para a degradação de matéria orgânica de efluentes biodegradáveis.

Tem como objetivo remover a matéria orgânica dissolvida e transformá-la em sólidos sedimentáveis e gases.

Os tratamentos biológicos são compostos por dois tipos principais: os aeróbios e anaeróbios.

Vamos conhecê-los ?

Tratamento aeróbio

O tratamento aeróbio é feito com a presença de oxigênio, considerando que os microrganismos degradam a matéria que são decompostas de acordo com o processo oxidativo. Nesse processo são utilizados organismos aeróbios, ou seja, dependem do oxigênio para obter energia. 

Esse processo é extremamente trabalhoso comparado ao químico e ao físico.

Para que ele ocorra é necessário submeter a matéria a uma temperatura ideal, pH e oxigênio dissolvido (OD) controlados, além de obedecer a relação da massa com os nutrientes de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) que variam em cada Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

Os sistemas aeróbios mais comuns são lagoas aeradas, filtros biológicos e os que propiciam a melhor eficiência em remoção de cargas.

As principais vantagens de usar esse método são:

  • Maior rendimento, mediante a outros métodos
  • Redução de odores 
  • Maior absorção de substâncias mais difíceis de serem degradadas

Esse processo também apresenta desvantagem:

  • Necessita de uma área extensa para implantação.

Veja a seguir alguns exemplos de sistemas aeróbios:
tratamento_esgoto_aeróbio

Lagoas aeróbias ou aeradas

Lagoa de oxidação em que o processo biológico de tratamento é predominantemente aeróbio. Estas lagoas têm sua atividade baseada na simbiose entre algas e bactérias. Estas lagoas decompõem a matéria orgânica produzindo nutrientes para as algas, que pela ação da luz solar transformam o gás carbônico em hidratos de carbono, liberando oxigênio que é utilizado de novo pelas bactérias e assim por diante.

Filtros biológicos

O filtro biológico é formado por um leito, podendo ser de pedras, ripas ou outro material. O efluente é lançado sobre esse filtro formando uma película de bactérias. O esgoto passa rapidamente pelo leito em direção ao dreno de fundo, entretanto as bactérias absorvem grande quantidade de matéria orgânica, fazendo sua digestão de forma lenta.

É considerado processo aeróbio uma vez que o ar pode circular entre os vazios do material que constitui o leito fornecendo oxigênio para as bactérias.

Tratamento anaeróbio

Diferente do tratamento anterior, o anaeróbio não se utiliza de oxigênio, e por conta disso seu processo é mais lento e a produção de biomassa é significativamente menor, visto que a taxa de crescimento dos microrganismos anaeróbios é baixa. 

Seu processo consiste em converter parte da matéria orgânica em gases, aumentando a possibilidade de causar danos à camada de ozônio, por isso recomenda-se a instalação de queimadores de gases nas estações que optam por esse sistema.

Outro fator que merece atenção é o risco e emissão de odores nas instalações, causadas pelo gás metano.

Suas vantagens são:

  • Mecanização reduzida e baixo consumo energético: não é preciso fazer a injeção de ar no sistema, há geração de menor taxa de lodo residual e, em geral, é necessária menor área para sua instalação.
  • Trata efluentes com altas concentrações de substâncias orgânicas.

Suas desvantagens: 

  • Necessidade de temperatura relativamente alta cerca de 35°C para uma boa operação. Efluentes diluídos podem não produzir metano suficiente para o aquecimento, representando uma limitação no processo.
  • Lenta taxa de crescimento das bactérias produtoras de metano, por isso longos períodos são necessários para o início do processo. Isso limita os ajustes de acordo com a mudança na carga do efluente, temperatura e outras condições do ambiente.

Veja a seguir alguns exemplos de sistemas anaeróbios:

Tratamento_anaeróbio

Lagoas anaeróbias

Forma de tratamento que necessita de condições estritamente anaeróbias. Para que isso ocorra, exige uma Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) relativamente alta por lagoa, fazendo com que a demanda de oxigênio seja superior a produção. 

A lagoa anaeróbia é caracterizada por utilizar uma área pequena, se comparada à lagoa facultativa, e por todo processo de digestão de matéria orgânica ocorrer em ambiente anaeróbio, ou seja, na ausência de oxigênio.

Filtros sépticos

A construção de filtros anaeróbios para tratamento complementar da água após a fossa, o filtro completa o tratamento da fossa séptica, sendo o resultado do tratamento normalmente enviado para infiltração de solo. 

Tratamento físico-químico

O tratamento físico-químico é utilizado para remover poluentes que processos biológicos convencionais não o fazem por completo, além de reduzir a carga orgânica antes de passar para o tratamento biológico.

Esse tipo de tratamento pode ser usado em indústrias têxteis, celulose e papéis, pois retira poluentes, metais pesados, cor, materiais orgânicos não biodegradáveis e afins. 

O processo consiste, dentre outras, nas seguintes etapas:

1 – Coagulação:  aglomera as impurezas que se encontram em suspensões finais em partículas maiores que possam ser removidas por decantação ou filtração.

2 – Floculação: os flocos são agregados às partículas dissolvidas ou em estado coloidal.

3 – Decantação: nesta etapa os flocos são sedimentados. As partículas são arrastadas até o fundo do decantador, para constituírem lodo químico. 

4 – Separação entre o lodo e os efluentes.

Para minimizar os impactos negativos e atingir melhores resultados, pode-se também utilizar a combinação de físico-químico e biológico. 

Conhecer esses processos é importante para sabermos a que tipos de tratamentos esses efluentes são submetidos para não poluir o meio ambiente.

Você já conhecia ou já ouviu falar desses processos ? Comente em nossas redes sociais e fale com nossos especialistas, temos a solução para você!

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