O Instituto Trata Brasil e a GO Associados lançaram no último dia 18 de abril de 2018 o ranking do saneamento básico. Venha conferir os destaques em nosso artigo do dia!

Nesse texto você vai conferir:

  • Os avanços no país
  • Tratamento de esgotos
  • Os  Investimentos em água potável e esgotos
  • O ranking do saneamento nas 100 maiores cidades
  • Arrecadação e investimentos em saneamento
  • Perdas de faturamento e perdas de distribuição
  • As conclusões do estudo

Imperdível, não é mesmo? Um estudo muito importante para o setor, confira abaixo os destaques do Ranking.

Ranking do saneamento básico 2018

Na última quarta-feira, 18 de abril, o Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados divulgou o Ranking do Saneamento Básico 2018.

Os indicadores do estudo levam em consideração os dados disponibilizados pelo Ministério das Cidades através do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os dados são referentes ao ano de 2016, os últimos publicados pelo Ministério das Cidades.

O estudo também aborda a situação do saneamento básico nas 100 maiores cidades do Brasil bem como as perdas de água e investimentos dessas cidades.

Avanços no país

Assim como nos anos anteriores, os resultados indicam um avanço nos índices brasileiros, porém a passos lentos.

No ano de referência do estudo (2016), os dados mostram que 17% da população, cerca de 35 milhões de brasileiros, não são abastecidos com água potável e 48% da população, cerca de 100 milhões de pessoas não possuem coleta de esgotos.

No quesito tratamento dos esgotos coletados, somente 45% recebem o tratamento.

Quando se olha para as 100 maiores cidades do Brasil, tem-se que 93,62% da população recebe o abastecimento de água e 72,14% contam com coleta de esgotos. Desse total, 54,33% do esgoto coletado é tratado.

Ranking do saneamento básico - evolução ao longo dos anos.

Evolução do Saneamento Básico. Fonte: G1.

Em 2011, o índice de atendimento de água potável era de 82,4% da população. Com esse último estudo vemos um atendimento a 83,3% dos brasileiros, ou seja, uma evolução 0.9 ponto percentual.

A coleta de esgotos teve uma evolução maior. De 48,1% em 2011 passou para 51,9% de atendimento em 2016, uma evolução de 3,8 pontos percentuais. Sobre o tratamento desses esgotos, houve um aumento de 7,4 pontos percentuais entre os anos de 2011 e 2016.

Tratamento de esgotos

Apesar da  evolução, ainda é elevado o volume de esgotos que são jogados nos recursos hídricos sem nenhum tipo de tratamento.

De acordo com os dados, 55% dos esgotos do Brasil são despejados diretamente na natureza. Esse volume corresponde a 5,2 bilhões de metros cúbicos por ano. Ou seis mil piscinas olímpicas por dia, como compara o Instituto Trata Brasil.

O esgoto jogado diretamente na natureza causa diversos problemas ambientais e sanitários. Então, apesar do avanço, o número ainda precisa aumentar muito.

Esgoto à céu aberto no Amazonas.

Esgoto à céu aberto no Rio Negro. Fonte: G1.

De acordo com o sócio da GO Associados, Gesner Oliveira, as Agências Reguladoras e os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) são de suma importância para superar esse desafio.

“Para que se alcance um nível adequado de saneamento é fundamental que se fortaleça a regulação do setor, sendo de suma importância a organização de Agências Reguladoras independentes e com corpo técnico capacitado. Além disso, também se deve priorizar o planejamento, onde a correta elaboração dos Planos Municipais de Saneamento se mostra ferramenta essencial.”

Se reparar a evolução ao longo dos anos, os índices de esgoto sempre foram piores do que a água no país. Isso se remete à falta de prioridade nas políticas públicas, maior custo de investimento e dificuldade nas obras.

Investimentos

O estudo também mostra a evolução dos investimentos em água potável e esgotos no país. E o cenário não foi dos melhores: No período de 2015 para 2016 os investimentos caíram de R$ 13,26 bilhões para R$ 11,51 bilhões.

Isso se observa também nas 100 maiores cidades: Foram R$ 7,11 bilhões em 2015 e R$ 6,60 bilhões em 2016. Mas vamos falar mais delas agora.

Ranking do saneamento nas 100 maiores cidades

A pesquisa também realizou uma comparação entre as melhores e piores cidades do ranking e confirmou a desigualdade e dificuldades para avançar em diversos municípios.

O investimento médio anual por habitante nas 20 melhores cidades foi de R$ 84,55, enquanto nas piores foi de R$ 29,31.

“Uma preocupação que temos apontado há alguns anos é que as melhores cidades seguem avançando e nelas acontece a concentração dos maiores investimentos. O natural seria que as piores cidades estivessem investindo mais, então esse fenômeno separa ainda mais o Brasil em poucas cidades caminhando para a universalização e muitas paralisadas. Preocupa também a queda nos investimentos públicos para saneamento básico, à medida que Governo Federal, estados e municípios sofrem com problemas fiscais.” – diz Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil

Atendimento nas 100 maiores cidades

No que se refere ao abastecimento de água, 20 municípios possuem 100% de atendimento à população e 41 cidades com atendimento superior a 99%.

A maioria, 90 municípios dos 100, atendem mais de 80% da população com água potável. O menor índice foi de Anamindeua no Pará (29,98%).

Sobre coleta de esgoto, apenas dois municípios atendem 100% da população, Cascavel no Paraná e Piracicaba em São Paulo.

Outros 10 municípios possuem um índice maior ou igual a 98%. O menor número foi novamente no município de Anamindeua com 0,75% de coleta de esgotos.

No que concerne ao tratamento de esgoto, seis municípios relataram tratar todo o esgoto gerado (100%). Outros 16 municípios informaram índices superiores a 80%.

O mínimo reportado (0%) foi nas cidades de Governador Valadares (MG), Nova Iguaçu  (RJ) e São João de Meriti (RJ).

Arrecadação e investimentos

O ranking também realiza uma comparação entre a média dos investimentos feitos em água e esgotos e a arrecadação nos últimos cinco anos.

É considerado os investimentos realizados pela prestadora dos serviços de saneamento e pelo poder público (Município e Estado).

O indicador médio dos municípios foi de 23,19%. De acordo com o estudo, isso significa que menos de ¼ dos recursos arrecadados foram reinvestidos nos serviços. Foi observado também um valor bem próximo ao de 2015 (23,15%).

O maior índice observado foi em Santarém, no Pará, de 566,22%.

Perdas de Faturamento com a água

As perdas de faturamento aferem o volume de água produzida e não faturada pelas companhias. Essas perdas ocorrem por vazamentos, erros de leitura dos hidrômetros, furtos, dentre outros fatores.

O indicador médio de perdas de faturamento foi de 42,18%. Esse número representa um crescimento nas perdas, já que em 2015 o indicador foi de 41,25%.

Perdas na distribuição de água

O índice de perdas na distribuição considera a diferença entre o volume de água produzida e o volume efetivamente  entregue.

O indicador médio foi de 39,07%, e mais uma vez se observa uma piora dos resultados, pois em 2015 o índice era de 37,77% e também é superior à média nacional (38,01%).

A cidade com menor índice de perdas foi Palmas no Tocantins (13,05%) e a pior foi Porto Velho em Rondônia (70,88%).

Perda de água por vazamento.

Apenas um dos 100 municípios possui nível de perda menor que 15%. Por outro lado, 80% das cidades possuem perdas superiores que 30%

Conclusão do estudo

Em mais uma edição do Ranking do Saneamento Básico, do Instituto Trata Brasil e da GO Associados, ficou comprovado que os estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais são os que apresentaram os municípios com melhores indicadores de água e esgoto do Brasil.

Você pode conferir o ranking e o estudo completo aqui.

É importante destacar que o ritmo lento vai de encontro a compromissos assumidos pelo país como o Plano Nacional de Saneamento Básico. Além disso, em 2015, o Brasil se comprometeu com a Organização das Nações Unidas a universalizar o acesso à água potável e alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados para todos.

“Assumimos um compromisso mundial com os ODS, principalmente o número 06, em que o governo brasileiro promete levar água e saneamento para todos até 2030. Ao não cumprir a meta de universalização do acesso à coleta e tratamento dos esgotos, por exemplo, colocamos em risco o atingimento de vários outros ODSs, principalmente os relativos à proteção da infância e à melhoria da saúde.” – diz Gesner Oliveira, sócio da GO Associados

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